Quem nunca ouviu que a longevidade feminina está ligada a fatores genéticos ou que as mulheres estão mais propensas a certas doenças do que os homens? A ciência tem avançado no entendimento da biologia feminina, revelando aspectos que nem sempre são amplamente conhecidos.
Para esclarecer alguns desses fatos, contamos com a expertise do doutor em genética pela USP, Ricardo Di Lazzaro, cofundador da Genera — o primeiro laboratório especializado em genômica pessoal do Brasil—e responsável pela área de genômica pessoal da Dasa Genômica.
1 – Mulheres podem ter cromossomos XY
Normalmente, as mulheres possuem cromossomos XX, enquanto os homens têm cromossomos XY. No entanto, em casos raros, algumas mulheres apresentam cromossomos XY devido a uma condição genética conhecida como síndrome de insensibilidade androgênica (SIA). Essa condição, que afeta uma pequena parcela da população feminina, resulta em uma resposta reduzida ou ausente à testosterona. Um estudo recente, conduzido pelo cientista Claus Højbjerg Gravholt, da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, mostra que algumas delas com cromossomos XY só descobrem essa condição na puberdade, quando começam a perceber que não menstruam e não possuem órgãos sexuais femininos internos.
2 – Mulheres estão mais propensas ao Alzheimer
Sim, elas têm maior risco de desenvolver Alzheimer, e a longevidade é um fator importante. No Brasil, segundo o IBGE (2019), a expectativa de vida feminina é em média, 79,1 anos, enquanto a masculina é de 71,9 anos, segundo dados do IBGE de 2019 — outros fatores também influenciam essa propensão. Pesquisadores da Universidade de Boston e da Universidade de Chicago identificaram o gene MGMT, que parece aumentar o risco de Alzheimer especificamente em mulheres. Segundo Lindsay Farrer, coautora do estudo da Universidade de Boston, essa associação é uma das mais fortes identificadas entre fatores genéticos e a doença em mulheres. A pesquisa mostrou que a expressão desse gene está ligada ao desenvolvimento de proteínas beta-amiloide e tau, características da doença de Alzheimer, enquanto não foi encontrada associação semelhante em homens .
“A redução do estrogênio durante a perimenopausa também pode aumentar o risco em mulheres. A interação entre genética, hormônios e outros fatores de risco explica esse fato”, conclui.
3 – Hipótese da avó evolutiva
“Existe uma hipótese que também pode explicar a longevidade feminina geneticamente. Proposta pelo biólogo William Hamilton em 1966, a Hipótese da Avó sugere que a presença das avós nas famílias pode ser benéfica para a sobrevivência dos netos. Isso ocorre porque elas oferecem recursos e cuidados essenciais, ajudando na continuidade dos genes e na evolução da espécie”, pontua Ricardo. A Teoria da Seleção Natural, um dos mecanismos fundamentais da evolução formulada pelo naturalista Charles Darwin (1809-1882), afirma que as características vantajosas de uma população para um determinado ambiente são selecionadas e contribuem para a adaptação e sobrevivência das espécies.
Dessa forma, a presença ativa das avós no cuidado dos netos pode ser vista como uma estratégia evolutiva que favorece a transmissão de seus próprios genes ao longo do tempo. A compreensão desse processo evolutivo, aliada a dados genéticos, permite que as mulheres conheçam melhor seu DNA, ajudando-as a tomar decisões mais informadas sobre sua longevidade e bem-estar físico e mental. Essa conexão entre genética e qualidade de vida é essencial para que possam melhorar sua saúde de forma consciente. Para facilitar essa jornada, a Genera oferece, no mês do consumidor, descontos de até 65% em seus kits (válidos até 21 de março). Para aproveitar a oferta, basta acessar o site da marca (genera.com.br) e inserir o cupom: CONSUMIDOR.
Sobre Genera
Primeiro laboratório brasileiro especializado em genômica pessoal, realiza testes de ancestralidade, saúde e bem-estar, oferecendo uma análise completa do DNA de cada pessoa. Fundado em 2010, é pioneiro no Brasil e tem se consolidado como referência na área, com mais de 400 mil testes realizados, seguindo rigorosamente as normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Com um dos maiores bancos de dados genômicos da América Latina, Genera utiliza inovações tecnológicas, como inteligência artificial e big data, para oferecer resultados personalizados e auxiliar na identificação de predisposições genéticas a doenças graves, como câncer e diabetes. A marca tem contribuído para a promoção do autoconhecimento e da saúde preventiva, permitindo que as pessoas façam escolhas informadas sobre sua saúde com base nas informações genéticas. Também desempenha um papel importante no mapeamento das diversas origens genéticas no Brasil, ampliando o conhecimento sobre a diversidade genética da população brasileira. Desde 2019, Genera integra a Dasa, uma das principais redes de saúde do Brasil.
1 – GRAVHOLT, Claus Højbjerg et al. Incidência, prevalência, atraso no diagnóstico e apresentação clínica de distúrbios do desenvolvimento sexual feminino 46,XY. Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, v. 101, n. 9, p. 3285-3293, set. 2016. DOI: http://press.endocrine.org/doi/10.1210/jc.2016-2248 ou https://novonordiskfonden.dk/en/news/more-women-than-expected-are-genetically-men/
2 – LAMOTTE, Sandee. Estudo genético pode explicar por que mulheres desenvolvem Alzheimer mais do que homens. CNN, 30 jun. 2022. Disponível em: https://www.cnn.com/2022/06/30/health/alzheimer-gene-women/index.html. Acesso em: 05 mar. 2025.